quinta-feira, 24 de abril de 2008

Dia 25 de Abril, Dia da Liberdade...

Deixemo-nos de clichés e de palavras bonitas
Porque palavras bonitas todos as dirão...
Todos excepto aqueles que todos os dias
São vitimas de maus tratos, de desprezo e de ignóbies injustiças...


E se realmente todos nascemos livres,
Então que todos nós possamos ser felizes
Vivendo segundo os nossos ideais...


Que todos nós, seres humanos,
Possamos vaguear pelas ruas
Livres de pensamento e de condição,
Com nosso livre sorriso,
Como nossa livre atitude,
Com a nossa livre ambição...


Partilhando nosso livre novo Mundo,
Que todos nós vivamos livres,
Presos, unicamente, ao facto de todos nós
Sermos livremente humanos
E humanamente diferentes!


Tem um feliz dia da Liberdade.

(Flávia Cunha)

domingo, 20 de abril de 2008

Pobreza

Diariamente morrem milhares de pessoas em consequência da fome e da pobreza estrema.
Segundo um relatório do Banco Mundial, “a globalização parece aumentar a pobreza e a desigualdade... Os custos de ajustamento para maior abertura são suportados exclusivamente pelo pobre” e segundo dados recentes, 824 milhões de crianças passam fome em todo o mundo.
Acaso sabemos o que significa passar fome? E a incerteza quanto ao facto se conseguiremos sobreviver por mais um dia sem ter com que nos alimentar?
Vivemos num mundo de contrastes, um mundo capaz de deixar os necessitados à mercê da própria sorte... Por isso, ajude a aliviar o sofrimento daqueles destituídos de quase tudo, cultivando o sentimento de humanidade. Um outro mundo é possível!

domingo, 6 de abril de 2008

Pensamentos...


Vai crescendo meu filho, com a díficil
luz do mundo. Não foi um paraíso
que não é medida humana, o que para ti
sonhei. Só quis que a terra fosse limpa,
nela pudesses respirar desperto
e aprender que todo o homem, todo,
tem direito de sê-lo inteiramente
até ao fim. Terra de sol maduro,
redondo, terra de cavalos e maçãs,
terra generosa agora atormentada
no próprio coração, terra onde teu pai
e tua mãe amaram para que fosses
o pulsar da vida, tornada inferno
vivo onde nos vão encurralando
o medo, a estupidez, a infindável
ambição, que nem sequer nos consentem
sermos senhores da nossa alegria,
de ser nosso o pão, nossa a palavra
de tudo estar em corrompidas mãos
de tanta e tão vil besta fardada,
de abutres que fizeram do saber
negócio mais rendoso que a sacristia.
Que faremos nós, filho, para que a vida
seja mais que cegueira e cobardia?



(Eugénio de Andrade)